Arena Maracanã tem que ser dos clubes e da Ferj
No domingo último, quando em São Paulo, no Pacaembu eu acompanhava o jogo Flamengo e Fluminense, conversei por longo tempo com o meu amigo e profundo amante do futebol do Rio de Janeiro, Marcelo Vianna, diretor técnico da Federação de Futebol do Rio e, talvez o nome mais indicado para presidir a instituição, com todo respeito que também mantenho pelo Dr. Rubens Lopes. Na ocasião, questionei o Marcelo sobre a possibilidade dos quatro clubes da elite do Rio, mais a Federação de Futebol, assumirem a gestão do Maracanã e até mesmo o Estádio Municipal Nilton Santos, em sua plenitude, fazendo de ambas as casas, fonte de crescimento não só dos clubes de elite, como também, dos intermediários e do futebol amador e de base do nosso Estado. Marcelo concordou comigo, achou a idéia próspera, mas disse que infelizmente, a Oldebrech, não abre mão dessa hipótese, até porque, está negociando com uma empresa francesa. Infelizmente o futebol está terceirizado, nas mãos de quem não é do ramo. O Novo Maraca e o Engenhão, nas mãos dos quatro ícones e da Federação seriam fontes de renda para Botafogo, Flamengo, Fluminense e Vasco e para todos os coadjuvantes de todas às séries e de base do nosso futebol. É preciso planejamento, discernimento administrativo, separando a rixa das quatro linhas do gramado, para a gestão fora dela (leia-se Eurico Miranda). Os estádios se transformariam em espaço primário do futebol e secundário de fonte de renda para os clubes e a Federação. É preciso olhar com bons olhos para esse projeto!
Já que falamos no Pacaembu…
Em 35 anos de militância no jornalismo e, em especial no futebol, nunca tinha adentrado às dependências do estádio Municipal Paulo Machado de Carvalho (Pacaembu), na capital paulista. O que vi me encantou, me deixou feliz e me fez sentir saudades do histórico, imortal e VERDADEIRO MARACANÃ, que infelizmente foi demolido na sua totalidade pelos “ratos da política” desportiva e da história do futebol que mantinha um templo mágico, arquitetônico e como já dito, imortalizado pelos seus 50 anos de história. Felizmente em São Paulo senti a magia que não sito mais dentro e até mesmo fora do Novo Maracanã. Mas, vida que segue, não adianta ficar lamuriando. Por outro lado, imploro às autoridades paulistanas: jamais destruam a história que o Pacaembu construiu desde sua edificação. O estádio é lindo, aconchegante e transmite ainda a magia do velho e imortalizado futebol brasileiro, que infelizmente, hoje, na era Dunga, Ricardo Teixeira e esses lambões que aí estão, não existe mais. Parabéns Governo Municipal de São Paulo! E mudanças no Pacaembu, só se for para a retirada do Tobogã e a reinstalação da concha acústica nos mesmos padrões de outrora.
Incrível!!!
O futebol do Rio de Janeiro é “um elefante” que não sabe a força que possui. Sete dias antes, em pleno Morumbi, São Paulo Futebol Clube e Sociedade Esportiva Palmeiras, (clássico tradicionalíssimo), colocaram nas arquibancadas, metade do que Flamengo e Fluminense colocaram no Pacaembu. Isso é uma prova que alguma coisa está errada no Rio de Janeiro, no qual a televisão aberta não pode transmitir jogos para a praça estadual onde as partidas acontecem.
Acorda Barra da Tijuca!
Acho que os ares da “Miami Carioca” não fizeram bem para o técnico Manoel Neto e seus comandados. O “Rei do Acesso” não começou bem a campanha 2016 e, se não abrir o olho, a “vaca vai para o brejo”. Quiçá a cabeça do treinador não role mesmo antes desta coluna ser publicada. Como confio no experiente treinador, meu amigo pessoal e que marcou sua história aqui no Serrano de Petrópolis, acredito que as coisas ainda possam melhorar, até porque, a Série B está apenas começando.
Chacoalha Resende!
Quem também precisa abrir o olho é o Resende Futebol Clube, O alvinegro do Sul Fluminense até que deu uma respirada, no final da semana passada, mas para quem já foi a quinta força do Rio de Janeiro, por quatro anos consecutivos, ficar mendigando vitórias e levando goleadas, convenhamos, não é nada agradável. Vamos chacoalhar galera alvinegra!
Twitando
* Observei uma coisa em São Paulo no domingo passado, quando saía do Pacaembu em direção à Ponte Aérea no Congonhas: ruas, avenidas, trânsito e mobilidade comprometida em pleno dia em que geralmente isso não acontece. Imaginem vocês a terra da garoa (para não dizer terra dos alagamentos de verão), nos dias úteis e de pleno vapor dos setores primários, secundários e terciários? Só metrô e trem. Nada mais!
* Outra coisa: Aeroporto de Congonhas e Tom Jobim com sinalização sofrível, som ambiente ridículo e reiteradas trocas de embarques e de portões, fazendo os passageiros andar igual peru dentro dos terminais. No terminal paulista, um agravante: as máquinas de autoatendimento concentradas em andar único e distante dos setores de embarque, fazendo com que os passageiros tenham dificuldades em efetuar seus “che kings”.
* Neste domingo de Páscoa, em serviço especial, transmito Vasco x Botafogo direto do Estádio de São Januário. Estarei ao lado da dupla Fábio Guerra e Maurício Passos dois companheiros cinco estrelas do rádio esportivo do Brasil. Se liguem: www.ativafm.com.
Por Reisinaldo Esteves
Email: reisinaldo@hotmail.com
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