Botafogo 100%: falsa impressão

Não se iludam com os dois resultados conquistados pelo Botafogo frente ao Bangu e a Portuguesa. Talvez o mesmo eu pudesse dizer em relação a todos os clubes de elite do Rio de Janeiro, mas, especificamente, cito o Botafogo, que vem da conquista da Série B nacional e que se renova com ilustres desconhecidos e jogadores de sua base. Dos quatro da linha de frente o Botafogo de bom só tem o goleirão Jeferson e o técnico Ricardo Gomes. O resto é incógnita. E digo mais: com esse time corre o risco de sequer ficar entre os quatro melhores dessa medíocre competição estadual.

Final de semana atípico no Rio

Estive na Capital nesta quarta-feira e a cidade já respirava carnaval. Sem qualquer partida aprazada para este final de semana o futebol do Rio de Janeiro dá uma parada e a crônica esportiva (muitos de nós) montará acampamento na Marquês de Sapucaí. Profissionais de técnica de rádios e emissoras de televisão deslocam suas atenções dos estádios de futebol para a Passarela do Samba. Assim acontecerá até a próxima quarta-feira, quando de forma emendada todos se dividem entre o resultado dos desfiles e a volta do futebol que já recomeça no início da noite. Essa é a rotina de todos nós jornalistas.

Vasco x Flamengo em São Januário…

Confesso que estou cabreiro com essa iniciativa da Federação e das autoridades em permitir, não a realização da partida no local, que tem condições de acontecer, mas a admissão de torcedores rubronegros. Penso que, como aconteceu em Belo Horizonte entre Atlético e Cruzeiro, quando o Mineirão estava em obras e no Independência só entrava torcedores do Mandante, o mesmo deveria acontecer em São Januário quando os dois clubes de maior rivalidade do Rio se defrontassem. Ou seja, Não permitir que torcedores flamenguistas fossem ao estádio. O mesmo deveria acontecer, quando o mando de campo fosse do Flamengo, ou seja, nem mesmo nas sociais, poderia se permitir torcedores do Vasco. Penso eu que as autoridades, o Corpo de Bombeiros, a Polícia Militar e a Federação estão riscando fósforo em local proibido. Os estádios, uma vez cedidos à Federação, fica a cargo desta, regulamentar a frequência de público no local. De sorte que, seria como que um aluguel. Muito embora serem sócios, estes ficariam impedidos de adentrarem no local em dias de jogo que o mando de campo fosse do Flamengo. Tenho certeza que até os sócios vascaínos achariam mais prudente que assim fosse.

Pobre Macaé Esportes!

Lembro-me bem que no ano passado decretei a falência do São João da Barra, por falta de recursos oriundos da Prefeitura Municipal. O mesmo havia acontecido com o Quissamã e agora poderá ser a vez do Macaé Esportes. Desde já fico sentido e triste, mas será impossível o clube aguentar sem o suporte público que recebia até então. Temo até mesmo pela manutenção do Estádio Municipal da Cidade. Além da grande crise que assola o país em efeito dominó, existe a fiscalização arrojada do Ministério Público, baseado na LRF (Lei de Responsabilidade Fiscal). Quem viver verá.

Burrice homérica

Há coisas que se contássemos lá na terrinha, nossos patrícios morreriam de rir. Uma delas, é tirar do Estádio da Cidadania o jogo Volta Redonda x Resende e vice-versa, levando-o para o Rio de Janeiro. A outra, levar para o sul fluminense, a pelada entre Fluminense e Bonsucesso. As duas partidas poderiam facilmente ocorrer em Volta Redonda, em horários diversos como de fato aconteceu. Ou mesmo, um jogo como preliminar do outro. Qual o problema?… Sinceramente isso é o que podemos chamar de “burrice homérica!”

Twitando

* O calor no Rio está de lascar, mas as emissoras de rádio e televisão, com exceção dos repórteres de gramado estão preferindo fazer os jogos no chamado “geladão!”. Para quem não sabe, essa terminologia refere-se aos estúdios com ar condicionado e imagem privilegiada da televisão.

* Em São Januário, no último domingo, por exemplo, as emissoras de pequeno porte que se limitaram a levar a equipe técnica e os repórteres, tiveram seus equipamentos literalmente torrados pelo calor. Dentro das cabines, virados e de frente para o sol, sem que ninguém ali ficasse para operá-los e protegê-los com um papelão ou uma improvisação de sombra que fosse, vários equipamentos foram danificados pelo calor.

* Aliás, diga-se de passagem, já cobramos do Vasco maior número de cabines e ar condicionado nas mesmas, mas o clube não está nem aí. Nem mesmo a Rede Globo que bota banca onde chega, goza de privilégios e conforto na Rua São Januário.

* Quer fugir do barulho e do carnaval? Vem para São José do Vale do Rio Preto, na Região Serrana do Rio de Janeiro. Nosso acesso é pela Rio – Teresópolis, seguindo no sentido Além Paraíba. Exatamente no quilômetro 54 da via você entra à esquerda e a 10 quilômetros você estará na cidade das Águas de Março, que é um grande refúgio para quem não gosta da festa de momo. Hotéis Fazendas e Pousadas não faltarão para te acolher.

* Eu nunca vi padre tirar férias. Sei que existe o descanso sabático, mas aqui na região a maioria dos padres seculares abandonam suas paróquias, enrolam a batina e dão linha na pipa. Se essa moda pega, já, já vamos nos deparar com o Sindicato Diocesano dos Padres, Religiosos e Diáconos. Do jeito que as coisas vão isso não é impossível de acontecer.

* Outra coisa que já, já vai abrir os olhos do Ministério Público é a subvenção de verbas públicas para agremiações e entidades carnavalescas profissionais. Às Igrejas e Religiões não podem mais receber dinheiro público para realizar seus eventos. O mesmo vem acontecendo com os clubes de futebol profissional. Não me surpreendo se o mesmo não vier a acontecer com as escolas de samba e os blocos autônomos.

*Em clima de feriadão e descanso vou ficando por aqui. Na próxima semana estaremos de volta. Continuem ligados nos nossos bate papos e também na nossa editoria de notícias. Até sexta-feira se Deus quiser!

 

Por Reisinaldo Esteves
Email: reisinaldo@hotmail.com
Foto: BFR/Divulgação

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