Catadoras de lixo de Mesquita vão conduzir a Tocha Olímpica

As catadoras de material reciclável Hada Rúbia e Denise foram indicadas para participar desse momento histórico (Foto: Francisco Filho/PMM/Divulgação)

As catadoras de material reciclável Hada Rúbia e Denise foram indicadas para participar desse momento histórico (Foto: Francisco Filho/PMM/Divulgação)

Aos 61 anos, a mesquitense Hada Rúbia da Silva não esperava ser selecionada para participar do revezamento da Tocha Olímpica Rio 2016, um dos principais símbolos da Olimpíada. Da mesma forma, Denise Abílio de Andrade, moradora da Chatuba há 16 anos, também se surpreendeu ao receber a notícia.
Elas foram indicadas para participar desse momento histórico pelo Instituto ‘Doe Seu Lixo’, onde trabalham como catadoras de materiais recicláveis. A organização conta com o apoio da Coca-Cola, patrocinadora oficial dos Jogos Olímpicos 2016, que solicitou a indicação de pessoas com histórias de vida inspiradoras para fazer parte do maior evento esportivo do mundo.
Hada colabora não só com o Instituto ‘Doe Seu Lixo’. Ela também trabalha há mais de 20 anos na Cooperativa Mista de Coleta e Reaproveitamento de Mesquita (Coopcarmo). Hada conta que começou fazendo trabalho social em uma igreja, atendendo especialmente mulheres em situação de risco social. Na época, o padre incentivou que as mulheres encontrassem uma ocupação e sugeriu o trabalho com a coleta de lixo. Hoje sua história é conhecida em diversas partes do Brasil e do mundo, tendo recebido premiações, como o Prêmio Mulher Empreendedora do Sebrae, em 2006.
“Quando me ligaram, pensei que fosse uma brincadeira. Tudo isso é resultado da minha luta, garra e coragem. E quero que minha neta me veja agora como um espelho. Esse momento de revezamento é como se eu mesma estivesse recebendo a medalha de ouro”, afirma Hada Rúbia.
Denise, de 47 anos, também trabalha com a coleta de materiais recicláveis há algum tempo. Ela conheceu essa atividade há 10 anos, porém precisou se afastar por um tempo para cuidar de sua mãe. Denise é coordenadora do galpão onde trabalha, no Centro de Mesquita, mas enfatiza que, além de promover a disciplina e o respeito entre todos, faz tudo o que for preciso. Atualmente, o trabalho com a coleta seletiva representa sua principal fonte de renda.
Sobre o revezamento da tocha olímpica, ela afirma que será uma honra participar. “Não esperava que me chamassem. Milhares de pessoas poderiam ter sido escolhidas”, comenta.
A tocha olímpica chegou ao Brasil no dia 3 de maio, passará por mais de 300 cidades e encerrará seu percurso no Rio de Janeiro, em agosto, quando terão início os Jogos Olímpicos 2016.

 

Por Jota Carvalho/Redação
Com Assessoria de Imprensa da Prefeitura de Mesquita

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