Isabela dos Santos, 25 anos, é faixa preta de judô e estudante de educação física. Conquistou a medalha de bronze nos Jogos Pan-Americanos de Toronto ano passado, bicampeã individual (2013/2014) e tricampeã por equipe (2011/2013/2015).
Isabela dos Santos mostra algumas medalhas conquistadas até agora (Fotos: Paulo César Rega/Divulgação)
Este ano, para disputar o Campeonato Sul-Americano, em Cartagena (Colômbia), a atleta da seleção brasileira apela para uma rotina que segue há cinco anos, desde que ficou sem patrocínio: conta com auxílio financeiro de amigos, faz rifas e promove vaquinhas. Quem quiser colaborar pode entrar no link www.kickante.com.br/campanhas/patrocinio-para-sul-americano.
“Como o caratê não é uma modalidade olímpica, fica mais difícil conseguir apoio para treinar e disputar torneios”, afirmou Isabela, moradora de São João de Meriti que durante seis anos se preparou em Nilópolis com o professor Jaime Sobrinho. “A próxima olimpíada, em 2020, será no Japão e estão ocorrendo negociações para que o karatê seja incluído nas competições”, completou a atleta, que conquistou bolsa integral na UniSuam após subir ao pódio em Toronto.
Integrante da seleção principal do Brasil desde 2013, Isabela treina com a técnica Lucélia Brosxe e já obteve vaga para o mundial da Áustria, em outubro. Faz treinamento físico de segundo a sábado, inclusive em outros estados com a seleção. Para alcançar pontuação, ranquear, é fundamental vencer provas que valem ranking: foi a única atleta mulher participante do campeonato pan-americano no Rio, em maio.
Além de buscar o aprimoramento profissional ao participar das provas, a carateca quer se preparar para os Jogos Pan-Americanos na cidade de Lima, em 2019. “Pretendo encerrar minha carreira com chave de ouro no Peru, aos 29 anos. Termino a faculdade em julho. O caratê me abriu muitas portas, vivo do esporte e, através dele, conheci outros países da América do Sul, da Europa e da África. Só não estive na Ásia”, afirmou Isabela, que sonha participar de uma disputa no Japão, no final do ano.
Atualmente ela se mantém graças à Bolsa Atleta, do governo federal, e de contratos para representar as cidades de São Bernardo do Campo, em São Paulo, e Itajaí, em Santa Catarina, em torneios. “Tenho que estar disponível para atendê-los. No caso da UniSuam, participo das competições universitárias, inclusive o Campeonato Mundial Universitário, em julho, na cidade de Manaus” .
Por Bernadete Travassos/Assessoria de Imprensa
