Tóquio 2020: Jovens do ‘Vivência Olímpica’ visitam a Vila dos Atletas

Após conhecerem o Centro de Treinamento de Alta Performance do Time Brasil, na Urca, zona sul do Rio de Janeiro, o primeiro grupo dos 20 jovens atletas que fazem parte do Projeto Vivência Olímpica, oferecido pelo COB e que visa a preparação de novos talentos para os Jogos Tóquio 2020, passaram a tarde desta segunda-feira (8), na Vila Olímpica.

Emily Rosa e o troféu de melhor atleta do Mundial do Peru (Foto: Jaílza Ribeiro/Papo Esportivo)

Emily Rosa e o troféu de melhor atleta do Mundial do Peru (Foto: Jaílza Ribeiro/Arquivo/Papo Esportivo/2015)

Entre os competidores com chances de conquistar medalhas no Japão, daqui a quatro anos, está Emily Rosa (na foto, a terceira a partir da esquerda, na primeira fila). Emily, levantadora de peso de Nova Iguaçu, cidade da Baixada Fluminense, é uma das mais laureadas atletas da região.
Além de conhecerem o local e almoçarem no refeitório dos atletas, eles estiveram no prédio da delegação brasileira, aonde assistiram a palestras do ginasta Diego Hypolito, do campeão olímpico Arthur Zanetti e de Jorge Bichara, gerente geral de Performance Esportiva do COB, antes de se encontrarem com vários atletas no centro de convivência.
Fazem parte desse primeiro grupo Beatriz Iasmin Soares Ferreira (boxe), Emily Rosa Figueiredo (levantamento de peso), Joílson de Brito Ramos Júnior (luta greco-romana), Maria Paula Mangabeira Heitmann (natação), Marcelo da Silva Costa Filho (tiro com arco), Gabriel Bastos Pereira (vela), Ângelo Dias de Assumpção e Thaís Fidélis dos Santos (ginástica artística), Ana Patrícia Silva Ramos (vôlei de praia) e Felipe Ribeiro de Souza (natação), de 18 anos, que é considerado uma das principais apostas para o próximo ciclo olímpico. “Estar aqui é muito legal, já dá para ter uma ideia de tudo o que vou encontrar nas Olimpíadas de Tóquio, em 2020. Sentir esse ambiente é algo muito diferente de tudo o que eu já vi e vivi até hoje, e certamente vai acelerar muito o meu processo de evolução como pessoa e como atleta”, disse Felipe, que tem como especialidades as provas dos 50m, 100m, e 200m livres, as mais nobres da natação mundial.
Com apenas 16 anos de idade, Marcelo da Silva Costa Filho já faz parte da seleção brasileira de tiro com arco, e esteve muito próximo de defender as cores do país nos Jogos Rio 2016. “Como sou o primeiro reserva, caso algum titular se machucasse eu seria chamado para integrar a equipe. Por isso, mantive o foco, minha concentração e a preparação mental até o último minuto. O sonho esteve vivo até o fim, e confesso que dei uma desanimada quando percebi que estaria fora dos Jogos. Mas o Projeto Vivência Olímpica veio na hora certa, uma oportunidade incrível que estou tendo e que me mostrou que tem gente confiando e acreditando muito em mim para 2020. Está sendo uma lição. Preciso manter o foco, pois é isso que me fará estar em Tóquio daqui a quatro anos”, explicou Marcelo.
Criado em 2012, com a ação “16 para 16”, quando 16 promessas com potencial de participação nos Jogos Rio 2016 foram levadas para fazerem sua vivência olímpica em Londres, o projeto já deu muito certo. Dos jovens que estiveram na capital inglesa, nada menos do que oito, ou seja, a metade, integra a delegação do Time Brasil na cidade maravilhosa: Isaquías Queiroz (canoagem velocidade), Bernardo Oliveira (tiro com arco), Martine Grael (vela), Rebeca Andrade (ginástica artística), Hugo Calderano (tênis de mesa), Thiago Braz (salto com vara), Laís Nunes (wrestling) e Felipe Wu, medalhista de prata nos Jogos Rio 2016 no tiro esportivo.
Ainda na noite de segunda-feira, os jovens atletas conheceram o Espaço Family & Friends e a Casa Japão. Nesta quarta-feira (10), eles assistirão ao boxe, ginástica artística, handebol, judô e saltos ornamentais. (Fonte: COB).

Iguaçuana Emily Rosa, a melhor do mundo em 2015

Primeira atleta brasileira a conquistar medalha em Campeonato Mundial Sub-17 de levantamento de peso, Emily Rosa, então com 17 anos, também ganhou o Troféu Mídia IWF de Melhor Atleta Feminina da competição, prêmio entregue na cerimônia de encerramento do Mundial. Realizado no mês de abril do ano passado, em Lima, capital do Peru, o Mundial Juvenil reuniu cerca de 190 pesistas de até 17 anos, sendo 98 no feminino e 90 no masculino, com representantes de 28 países. No primeiro dia de disputas, Emily faturou duas medalhas de bronze, na categoria até 44kg:; uma no arranco (85kg) e outra no total (145kg).
Antes da edição 2015 do Mundial Sub-17, o Brasil havia conquistado medalhas em Campeonatos Mundiais de Levantamento de Pesos somente em 2010, quando Fernando Reis ficou em terceiro lugar no Mundial júnior, no arranco da categoria 105kg.

Por Jota Carvalho/Editor do Papo Esportivo
jota.carvalho@gmail.com
Foto/Topo: Alexandre Castello Branco/COB

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