Papo do Rei – CBF paga mico em homenagem aos colombianos – 27/01 a 03/02/2017

Se a pretensão da CBF era dar um show igual ou melhor do que os colombianos deram ao time da Chapecoense, mesmo sem a bola rolar em Medelín, o tiro saiu pela culatra. Muita pompa e pouca espontaneidade, com exceção é claro dos atletas que em campo, tanto de um lado quanto de outro, proporcionaram uma partida de futebol que passou os limites do fair play e técnico ao mesmo tempo. Nas arquibancadas, parcialmente vazias, muito embora o público e a renda anunciados sejam motivos de investigação (ridículo), os torcedores sequer estavam em clima de homenagens, mas de oba, oba e de rivalidade doméstica quando atletas deste ou daquele clube colocava os pés na bola, inclusive, ensaiando vaias. De forma que, na verdade, o que os dirigentes da entidade brasileira visavam era ganhar um extra da Rede Globo de 2 milhões de reais, que não foi aceito pela emissora carioca. Homenagem? Que nada. Eles queriam era dinheiro. Poderiam não ter pago esse mico.

Por outro lado, a prepotência da mídia dominante

E o mico não ficou só no acima relatado. De beicinho com a Globo que não pagou os dois milhões de reais (informação noticiada na Revista Veja), a CBF abriu a transmissão do jogo para todas as emissoras que assim o desejassem, mas também não deu preferência à parceira monopolizadora, que sequer teve direitos de entrevistar dentro dos limites do gramado, só o fazendo na zona mista como uma qualquer. Exatamente como a Globo (parceira monopolizadora da CBF), faz com as demais empresas e organizações midiáticas que acompanham o futebol. Isso enfureceu os diretores globais que gostam de aparecer primeiro, fazendo com que eles pagassem a passagem dos sobreviventes do acidente, que vieram de suas cidades e locais, mesmo sem poderem e terem condições, sacrificando-os e, submetendo-os a uma situação de constrangimento. Não por estarem no Engenhão e sim por serem exigidos em direito de exclusividade com a vênus platinada. Um horror!

Na sede da CBF

E os micos estavam soltos por todos os lados: na sede da entidade na Barra da Tijuca, como um coronel no tempo da ditadura, enfurecido não sei com o que, o terceirizado JB Telles, ao atender esse colunista muito mal, junto com seu patner, desferiu veneno contra as associações de cronistas do Brasil inteiro, dizendo que elas só existem para arrecadar dinheiro dos profissionais. E mais: disse ainda que o futebol e a entidade não dependem da mídia. Fiquemos por aqui, e, não falemos ainda, que seu secretário dirigiu-se a mim com o seguinte termo: “não berra no meu ouvido!” Só porque eu critiquei o trabalho de credenciamento que obrigava cada profissional a buscar sua credencial lá na “Miami Brasileira”, e sugeri que as mesmas poderiam ter sido enviadas por email e com código de barras para às emissoras de rádio e televisão, evitando todo aquele trabalho deles. Já viu né?… Se assim eles procedessem, como se justificaria a contratação da terceirizada do senhor JB Teles, para servir a CBF e receber uns cascalhinhos míseros, só para trabalhar como responsável pela relação com o público e com a imprensa?…

Em suma...

Está tudo errado. Uma entidade bilionária que nada faz de concreto pelo futebol brasileiro. Arrecada ninhos e ninhos de dinheiro e, que precisa ser investigada pela PGR. Sim, pois, apesar de ser uma entidade de direito privado, a Confederação Brasileira de Futebol goza de privilégios e regalias públicas, ao ponto de receber subvenções “in natura” dos diversos governos, como por exemplo, utilização da Polícia Militar, do Corpo de Bombeiros e por aí vai. Isso, para não citar possíveis e, suspeitos eventuais recursos que deveriam ser investido no bem e no interesse de todos. Uma lástima! Tanto que preferi sequer ir ao estádio. Tamanho foi meu asco por essa gentalha. Que, conforme bem disse um diretor da Chapecoense, estão aproveitando a desgraça do clube catarinense para se promover. E isso não fui eu quem disse. Foi um diretor da agremiação beneficiada indiretamente com o jogo da quarta-feira última.

E o Bota? Estreou perdendo para o Madura

Ascos à parte, a bola rolou na segunda fase do Cariocão 2017. Em Moça Bonita, o Madureira enfrentou o Botafogo e não quis saber de nada. Meteu dois balaços no gol do Gatito Fernandes e venceu a primeira partida da segunda e derradeira fase da competição que continua neste sábado e domingo com os demais jogos da rodada. A ficha técnica da partida você confere em nossa editoria de notícias com o Paulo Roberto Rodrígues e a edição final de Jota Carvalho.

Twitando

* Neste domingo volto ao Engenhão depois de tanto tempo dele afastado. Estarei ao lado de Fabinho Guerra, Rayane Meirelles e Marcelino Santana, na transmissão do primeiro clássico carioca: Fluminense x Vasco da Gama. Acessem www.ativafm.com e fiquem ligado conosco.

* Quero deixar claro, muito embora isso esteja mais claro do que claro, que os conceitos, informações e comentários acima são de exclusiva responsabilidade deste articulista. Quem sentir-se lesado pode atirar a primeira pedra e/ou se preferir, tomar as medidas que julgar cabível. Já recebi muitos processos por falar a verdade e saí de todos ileso. Com certeza, muitos outros virão.

* Mas que é de gargalhar é. Imaginem vocês, quantos profissionais não tiveram que parar seus afazeres para irem na Barra da Tijuca pegar suas credenciais para o jogo de quarta? Eu andei 320 quilômetros e a minha ainda não estava pronta. Para eles, se ria simples eu voltar no outro dia. Para mim, foi mais cômodo abdicar de meu cachê a me submeter às vontades do senhor JB Teles. Isso mesmo: JB Telles Esse é o nome do cara que ganha para tratar mal a imprensa, sobretudo, àquela considerada por ele próprio, DISPENSÁVEL ao sucesso do futebol. Que todos saibam que é assim que pensa esse senhor.

* E vida que segue e o Papo do Rei ficando por aqui. Espero na próxima semana voltar falando mais de futebol e menos dessas vedetes extra-quatro linhas, que só servem para emporcalhar o futebol. Até sexta se Deus quiser.

Por Reisinaldo Esteves
Emails para esta coluna: reisinaldo.jornalista@hotmail.com
Foto: Agência Brasil/EBC

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