Papo do Rei – Valeu, Roxinho! – 01 a 08/07/2016

Parabéns ao Carapebus/Campos e que venha o triangular!

Campos Campeão Taça Corcovado 2016 29062016Na quarta-feira (29) acompanhei na íntegra a transmissão do jogo envolvendo Americano e Campos e o “roxinho”  fez valer sua superioridade e venceu o tradicional alvinegro do Parque Tamandaré, pelo placar de 3 a 1. Agora, Nova Iguaçu, Americano e o Campos, disputarão o triangular para saber quem estará na divisão de elite do futebol do Rio de Janeiro no próximo ano. Parabéns ao Campos, que ao lado do próprio Americano e do Goytacaz é um dos principais clubes do interior do Estado do Rio de Janeiro, muito embora, de forma sinistra, o escudo que aparece nas postagens da Federação, seja da Associação Atlética Carapebus, apenas. A primeira partida do triangular acontece na tarde deste sábado, às 15h, no Jânio Moraes, entre Nova Iguaçu e Campos. Maiores detalhes, na nossa editoria de notícias.

Até o Vasco já começa a sentir o peso da temporada

Na semana passada eu alertava para as condições de Flamengo, Fluminense e Botafogo, na Série A, apontando a necessidade de reforços para todos eles, sob pena de ficarem à deriva na competição. O Flamengo ensaiou algumas contratações e o Botafogo anunciou esta semana a chegada de Rodrigo Pimpão. Não vejo nenhuma evolução nessas contratações. Mas, o que me chama a atenção desta feita, é que na Série B, o Vasco da Gama também começa a sentir o peso das viagens e dos desgastes de seu elenco. Para quem vinha sem perder desde dezembro do ano passado, perder duas em menos de 15 dias em meio a uma competição que sequer está a dois terços dos final é complicado. Se o “Machão da Gama” não abrir os olhos a situação também fica feia para o lado da “Colina Histórica” Quem avisa amigo é!

Cada vez mais difícil!

Não falta muito para que o futebol de “elite” (entre aspas), do Brasil, vire enlatado exclusivo e produto de monopólio de comunicação, sujeito ao comércio de direitos de divulgação. Em outras palavras: o Estado financia, subsidia, incentiva a prática desde a idade infantil, constrói e mantém praças de esportes e quem colhe os louros é meia dúzia de capitalistas e de concessionários de serviços de interesse público que de forma privada mantém o direito exclusivo de transmissão, sob a égide de um contrato de exclusividade e de pagamento de “pseudo” direitos de aquisição e veiculação pública do espetáculo, custeado na maior parte pelo dinheiro público. Assim é o futebol no mundo; assim são as olimpíadas e assim está sendo, no Brasil, que não tem dinheiro para serviços básicos mínimos, mas tem dinheiro para investir em faraônicos próprios públicos e que se tornam privados da noite para o dia, muito embora, edificados com o dinheiro dos impostos pagos pela população e cidadãos brasileiros. Está cada vez mais difícil atuar como jornalista esportivo, sobretudo no futebol.

Olimpíada tira jogos do Rio e contribui para falência de equipes de Rádio Esportivo

Nem mesmo as grandes emissoras de rádio estão suportando mais a realização de partidas dos principais clubes cariocas, fora do cenário do Rio de Janeiro. Se não bastasse a crise que atinge o meio, os chamados “geladões”, tubões, e/ou transmissões pelos monitores áudio visuais, vem sendo adotados inclusive pelas principais emissoras de televisão, que dirá de rádio. Do Rio de Janeiro, somente a Tupi, Globo e a Rádio Ativa Rio (essa última em algumas partidas), vêm comparecendo “in loco” para acompanhar os jogos. Jornais, revistas e outros meios de informação sobrevivem do “copy desk” e da antiga chamada “rádio escuta”, que hoje transformaram-se de forma definitiva em “cópia quase fiel” e “vídeo acompanhamento”. Assim mesmo, a coisa está preta para algumas emissoras e empresas jornalísticas que estão com a “língua de fora”. Ser repórter esportivo e radialista hoje é coisa rara. Sobretudo quando falamos dos verdadeiros profissionais com o DNA profissional.

Twitando

* Apesar de ter elogiado o Campos, tenho comigo minhas dúvidas, se o “roxinho” seja mesmo o campeão da Taça Corcovado. Até porque, a própria federação divulga de forma oficial o escudo do Carapebus. Por que será?

* De qualquer forma, pelo olhar crítico de um cronista, em se tratando de uma conquista pouco importa o nome do clube, mas a grande verdade é que além de críticos somos porta vozes de informação. Às vezes, temos que questionar a veracidade das notícias que damos, muito embora, se mentirosas, sejam elas em efeito dominó. Afinal, como eu disse acima, muito do que fazemos e falamos ainda é na forma da “rádio escuta” e do antigo “copy desk”.

* Vida que segue. Amanhã o Campos/Carapebus, como é chamado em Campos, ou Carapebus/Campos, como é citado em Carapebus e pela Federação de Futebol do Rio de Janeiro, volta ao gramado para o triangular que definirá os dois ascendentes à Série A e o campeão da Série B do Rio de Janeiro. Todos os detalhes da competição você confere em nossas páginas com Paulo Roberto Rodrígues e Jota Carvalho.

* Tem gente que atinge o “orgasmo” (sinônimo vulgar de ápice), com as minhas “cutucadinhas com vara curta” e trocadilhos na forma de fazer jornalismo aqui nos nossos PAPOS DO REI. Fico feliz por isso. Mas, mesmo dando uma porrada na cangalha para o burro andar, ainda existem àqueles que não entendem o verdadeiro sentido das minhas informações…

* Como diz o meu colega Joaquim: “Para quem sabes lere, um pingo é letra. Não te preocupes com resultado imediato de teus escritos. No tempo oportuno eles haverão de produzires os resultados que esperas”

* Um forte abraço ao companheiro e irmão Sérginho Américo, campeoníssimo repórter que cobre o Flamengo e filho do saudoso locutor Sérgio Moraes (gaúcho, “dos pampas aos seringais”). Mesmo com as dificuldades que a conjuntura lhe proporciona vem desempenhando seu trabalho com o máximo de esmero possível.

* Serginho é parceirão de longa data e uma figura humana das mais queridas. Vez ou outra temos nos esbarrado pelos “bye bye Brasil que temos feito nos últimos meses, em razão da falta de estádios de futebol no Rio de Janeiro.

* É isso aí amados! Por hora, é o que temos para partilhar. Vou ficando por aqui, num início de noite fria pelas bandas da serra fluminense. Até a próxima sexta-feira se Deus quiser. Bye bye Brasil!!!

 

Por Reisinaldo Esteves
Email: reisinaldo@hotmail.com

Foto: Úrsula Nery/Agência Ferj

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*A opinião do colunista é pessoal e não reflete necessariamente o pensamento do site.
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