Bangu: Homenagem divina emociona Ademir: “É como voltar no tempo”

A sexta-feira (17/11/2017), tornou-se um dia mais do que especial para o Bangu Atlético Clube.

Quando são completados 70 anos da inauguração do Estádio Proletário Guilherme da Silveira Filho, conhecido popularmente como Moça Bonita, o Alvirrubro homenageou um dos principais atletas formado em suas fileiras e que de lá saiu para conquistar outros torcedores: Ademir da Guia, o Divino.
O ex-meia esteve no Rio de Janeiro no fim da tarde para o lançamento da camisa alusiva ao título do Torneio de Nova Iorque de 1960, que contém sua assinatura bordada e o número 10 nas costas. Filho de Domingos da Guia e sobrinho de Ladislau, maior artilheiro da história banguense, ele não conteve a emoção ao falar de sua relação com o clube da Zona Oeste. “Voltar ao Rio de Janeiro e vestir esta camisa novamente é algo fantástico! É como voltar no tempo. Aqui tudo começou, dei os meus primeiros passos e pude crescer dentro do futebol. Agradeço ao clube por esta lembrança que guardarei eternamente. Se tenho algum reconhecimento neste meio, o Bangu tem grande importância”, disse Ademir.
Idealizador do evento em parceria com a Liga Retrô, o diretor de marketing Daniel Tavares comemorou o sucesso do evento. Segundo ele, o próximo objetivo é que as camisas sejam comercializadas nos dias dos jogos do Alvirrubro durante o Campeonato Carioca 2018 dentro de Moça Bonita.
“Quem veio até aqui (no Barra Shopping) viu um belo evento. O Bangu tem uma linda história, marcada por grandes jogadores e que merece ser sempre lembrada. As camisas em homenagem ao Ademir seguirão à venda aqui na loja da Liga Retrô, nossa grande parceira nesta empreitada. Queremos colocá-las, também, nos dias de jogos do clube em Moça Bonita ao longo de 2018”, afirmou Daniel.
Com Ademir confirmado em campo, o Bangu promoveu no sábado (18) um jogo festivo em comemoração aos 70 anos de fundação do Estádio Proletário entre a equipe Master do Bangu e o Master do Flamengo. No dia da alegria e recordações rolou futebol, música e atrações diversas.

‘Filho de peixe, peixinho é’, confirma o dito popular

Ademir da Guia é filho do ex-zagueiro do Bangu e outros clubes, Domingos da Guia. Alto e esguio, Ademir chegou a atuar como centroavante no início da carreira, mas sempre preferiu o meio-de-campo.
Chegou a São Paulo em 1961 saído do Bangu, clube que o revelou para o futebol, assim como seu pai e seu tio, Ladislau da Guia (até hoje maior artilheiro da história do Bangu, com 215 gols), para jogar no Palmeiras onde permaneceu até encerrar a carreira em 1977.
Formou o célebre meio-campo Dudu & Ademir, que encantou o mundo. Foi cinco vezes campeão Brasileiro, cinco vezes campeão Paulista e tem a impressionante marca de 901 jogos disputados, 153 gols marcados e dezenas de títulos conquistados, entre campeonatos oficiais e torneios amistosos nacionais e internacionais. Em 1984 já aposentado jogou um amistoso festivo pelo Palmeiras. Em 2001, teve sua biografia publicada. Em 2006, foi lançado um documentário sobre a sua carreira, intitulado “Um craque chamado Divino”.
No dia 25 de outubro de 2014, foi realizado um jogo festivo para 10 mil convidados em homenagem a Ademir da Guia, então com 72 anos de idade. A festa fez parte de um evento-teste do Allianz Parque, nova arena do Palmeiras inaugurada oficialmente dias depois.
Com a participação de vários ex-jogadores do clube, o evento foi considerado um sucesso. A partida contou com duas equipes do Palmeiras, sendo uma vestida de verde e a outra de branco.
O jogo terminou empatado com o placar de 3 a 3, sendo que um dos gols, de pênalti, foi marcado por Ademir, o primeiro da história da nova arena.
>> Fala Doutor Sócrates! Em 2001, o ex-jogador, craque e corintiano Sócrates escreveu sobre a vida de Ademir da Guia: “O futebol nos ofereceu em sua trajetória um grande bailarino, Ademir da Guia, a colocação impecável, a fronte eternamente erguida, a calma irritante, o passe perfeito, a simplicidade dos gestos, o alcance dos passos, a lentidão veloz e o raciocínio implacável ficaram definitivamente em nossa memória. Ademir representou o vértice da serenidade e competência. Passeava pelos gramados como um cisne, encantando a todos. Infelizmente, esse arsenal de qualidades nunca foi usado pela seleção brasileira, que, através de seus representantes, não atendia o clamor popular pela sua convocação, sempre excluindo-o. A cada convocação, todos esperávamos ansiosos e nos perguntávamos se ele seria parte da lista. Injustiça! É uma honra escrever o prefácio de sua história!” . (Fonte: Wikipédia, a enciclopédia livre)

Mais alguns momentos do evento nos cliques de Emerson Pereira

Por Emerson Pereira / Assessor de Imprensa / BAC
Colaboração e edição: Jota Carvalho / Papo Esportivo

 

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